Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, chegando a seminário
Tânia Rêgo/Agência Brasil - 13/03/2023
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, chegando a seminário

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira (9) que as discussões a respeito da  reforma administrativa precisam começar ainda neste ano, "ainda que de maneira forçada". 

Em evento privado em Brasília, o parlamentar disse que "o Brasil não pode ter medo" de avançar com a mudança nas regras para servidores. Ele defendeu a reforma como única maneira de controlar o balanço entre arrecadação e despesas.

"Eu não estou pautando, mas há duas maneiras de se equilibrar suas contas: ou aumenta a arrecadação ou diminui as suas despesas [...] A única maneira de controlar os seus gastos é com reforma administrativa, muita gente se aperreia quando eu falo. A reforma administrativa está pronta. O governo forçadamente vai ter entrar nessa discussão até o final do ano. Se tivermos medo, teremos que procurar alternativas", disse.

Lira também se mostrou disposto a iniciar os diálogos para avançar com o tema. 

"Não sou o "senhor reformas", mas o Brasil já fez três reformas, falta a quarta. Essa não mexe no direito adquirido. Há um corte temporal, vamos tratar de mudanças para os novos entrantes no serviço público. Eles saberão que as regras são outras. Vivemos em um Brasil complexo, que reage e é forte e precisamos equilibrar os pratos", afirmou.

O presidente da Câmara aproveitou que o assunto era reforma tributária e criticou a antecipação do debate quanto a um possível aumento nos impostos enquanto o texto não tiver a tramitação concluída. 

Lira também voltou a citar medidas alternativas à taxação de grandes fortunas para aumentar a arrecadação. Como exemplo, citou a regulamentação dos jogos e azar.

"Penso que não podemos abrir dez flancos de briga ao mesmo tempo. Precisamos aumentar a arrecadação sem aumentar imposto. É uma vergonha saber que funcionam cassinos e bingos neste país, sem regulamentar isto e gerar empregos e renda. Há de se tomar decisões que são fáceis."

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