O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse neste domingo (6), após cumprir agenda em Taubaté, no interior paulista, que "mais importante" que o último corte na taxa Selic
, é a sinalização de que os juros vão continuar caindo.
Na última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a Selic de 13,75% para 13,25% ao ano, no primeiro corte de juros em mais de três anos.
A decisão pelo corte foi dividida: foram cinco votos favoráveis à redução de 0,50 p.p., incluindo o de Roberto Campos Neto, presidente do BC, contra quatro votos para um corte de 0.25 p.p..
Alckmin também afirmou que o tripé fundamental de juros, impostos e câmbio está trazendo boas notícias para o País. Para o ministro, a taxa de câmbio entre R$ 4,80 e R$ 5 é competitiva para exportação.
Ele disse ainda que a reforma tributária vai simplificar os tributos brasileiros e reduzir o custo Brasil, possibilitando novos cortes na Selic.
"Os juros estão elevadíssimos, 13,25% ainda é alto, porque a inflação é 3,1%, então você tem os juros reais de mais de 10%. Mas importante foi a linha de queda. Mais importante que o 0,5 p.p. que caiu é a sinalização que vai continuar caindo", afirmou neste domingo.
Alckmin elogiou o trecho da ata do BC que mostra esperança quanto à continuidade de queda nos juros.
"Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", disse o Copom no comunicado divulgado após a reunião.