Guilherme Mello
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Guilherme Mello

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse nesta sexta-feira (28) que o governo federal espera queda "rápida e vigorosa" na taxa básica de juros (Selic ), que está em 1,75% ao ano, maior patamar desde 2016. 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne entre os dias 1º e 2 de agosto, quando deve definir a nova taxa. 

Em entrevista à GloboNews, o secretário disse que o corte dos juros fará com que o mercado precifique novas quedas e acelere o investimento no país. 

Segundo ele, o mercado espera que o corte seja de, ao menos, 0,5 pontos percentuais.

“Não tenho nenhum poder preditivo ou de criar alguma influência em uma decisão que é autônoma do Conselho de Política Monetária. Mas, para ficarmos apenas nas previsões do próprio mercado financeiro, hoje quase 70% acreditam que nessa reunião do Copom haverá uma redução mais próximo da ordem de 0,50 p.p”, disse.

Governo sobe o tom

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cobrou nesta quarta-feira (26) uma redução expressiva na taxa básica de juros (Selic).

"Você vai manter os juros reais na casa de 10%? O segundo país do mundo com a maior taxa de inflação está em 6%, quatro pontos abaixo da nossa (taxa básica de juros). Ou seja, você precisa de oito reuniões do Copom para chegar no segundo colocado, precisa colocar oito vezes em 0,50 para chegar na taxa de juros do México, que está com uma taxa de inflação maior que a nossa", disse em entrevista ao portal Metrópoles.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, criticou nesta quinta-feira (27) o Banco Central por manter a taxa básica de juros. Segundo ele, o patamar beira a "insanidade" e está afetando o saldo de empregos registrado pelo Caged. 

“O juros brasileiro é o mais caro do mundo. E crescendo […] Hoje, estamos com o juros alto e crescendo do ponto de vista do juros real. Então, é uma insanidade e eu espero que na semana que vem essa insanidade comece a amainar a partir da decisão do Copom”, disse.

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