O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (24) que espera queda na taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para agosto.
"Os juros estão realmente excessivos, mas temos a expectativa de que na próxima reunião do Copom já tenha queda (da Selic) e que essa queda possa ser seguida. Aliás, os juros futuros já estão em queda. O problema não é nem ter subido tanto, a 13,75%, mas ficar tão alta tanto tempo. Agora em agosto vai completar um ano que estamos com 13,75%. Tudo está sendo feito para que haja redução da taxa de juros", disse Alckmin durante reunião do Conselho Nacional do Sesi em Brasília.
O Copom se reúne novamente nos dias 1º e 2 de agosto, e as projeções do próprio mercado financeiro são de queda dos juros, entre 0,25 ponto e 0,5 ponto percentual.
Nesta reunião, o governo federal já conta com os dois indicados para o quadro de diretores do Banco Central: Ailton de Aquino e Gabriel Galípolo.
UE-Mercosul
O ministro também declarou que o acordo entre União Europeia (UE) e Mercosul não será "perfeito", mas ainda serão feitos "pequenos ajustes" para a negociação avançar.
"Mesmo o Mercosul, lá atrás, quando foi feito, tinha gente contra. Mas o comércio começa entre os vizinhos, o mundo é globalizado, mas o comércio é intra-regional. Precisamos recuperar a América Latina que é pra onde a gente vende produto industrial de valor agregado. De outro lado, o Mercosul não ficar isolado. Há boa expectativa que a gente consiga (o acordo). São pequenos ajustes para celebrar um acordo que vai abrir comércio e oportunidade de investimentos recíprocos."
Alckmin defendeu também a aprovação da reforma de tributária. Segundo ele, o texto aprovado pela Câmara e que será apreciado pelo Senado estimula investimentos e a exportação:
"A reforça desonera setores da indústria super tributados. E desonera completamente investimentos, então, estimula investimentos. É uma reforma que traz eficiência econômica e estimula exportação, porque acaba com cumulatividade de crédito."