Durante evento no qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sanciona a lei que recria o programa Minha Casa, Minha Vida
, movimentos populares cobraram a manutenção de Maria Rita Serrano no cargo de presidente da Caixa Econômica. Uma troca para agradar o Centrão vem sendo estudada pelo governo.
"Rita fica" foi frase entoada diversas vezes pelos membros dos movimentos populares. Em seus discursos, representantes do Movimento Camponês Popular e da Confederação Nacional das Associações de Moradores defenderam a manutenção da presidente da Caixa no cargo.
"Precisamos de uma Caixa forte, pública, com prioridade no desenvolvimento social e comandada por pessoas alinhadas com o projeto popular democrático. Por isso, nós reafirmamos que a nossa presidenta é você, Rita Serrano. Pelo compromisso histórico da sua trajetória e, principalmente, por termos certeza do seu compromisso de construir uma instituição sensível às necessidades populares", defendeu em seu discurso Jéssica Brito, representante do Movimento Camponês Popular, arrancando aplausos da plateia presente no Planalto.
As manifestações vieram após rumores de que Lula poderia tirar Rita do cargo. De acordo com a CNN, partidos do Centrão querem indicar um nome para presidir a Caixa, e a sugestão teria sido bem recebida pelo governo.
O ex-ministro e ex-presidente do banco Gilberto Occhi seria o indicado para substituir Rita, ocupando cota do PP. Occhi é ligado ao senador Ciro Nogueira (PP-PI) e ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Em seu discurso no evento desta quinta-feira, Rita fez um balanço dos primeiros seis meses na gestão da Caixa. "Nós encontramos o banco desmantelado, preparado para privatizar suas principais operações, e uma política de medo e assédio colocada dentro do banco", afirmou. "Refizemos o plano estratégico à luz das demandas do governo federal", completou.