O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do BC (Banco Central) Henrique Meirelles defendeu nesta segunda-feira (25) a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, em meio a ataques de integrantes do governo federal à entidade.
O ex-ministro disse ainda que as críticas feitas à instituição "não mudam a tendência da inflação para 2024". Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC optou pela manutenção da taxa, frustrando a expectativa de integrantes do governo.
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Para Meirelles, "Não são ataques que vão fazer o Banco Central reduzir a Selic", e sim uma "política fiscal séria". A declaração foi dada em coluna publicada no jornal O Estado de São Paulo.
Na avaliação de Meirelles, nem mesmo a aprovação do novo arcabouço fiscal será suficiente para redução da Selic.
Segundo ele, que foi o autor do teto de gastos, a proposta em discussão no Senado é importante, mas as alterações feitas pelo Congresso elevam demais os gastos.
O senador Omar Aziz (PSD-AM) tirou da regra o Fundeb (Fundo Nacional da Educação Básica), o Fundo Constitucional do Distrito Federal e os investimentos com ciência, tecnologia e inovação.
"A justificativa pública de que gastos com ciência e tecnologia são baixos - cerca de R$ 7 bilhões em valores para este ano - e necessários é comum e insuficiente", escreveu Meirelles.
Corremos o risco de entrar numa seara perigosa, na qual se um pode, todos querem. Para os interessados, todo gasto público é imprescindível e sempre há razões nobres para defender situação semelhante", adicionou.