O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), define nesta quarta-feira (3) a taxa básica de juros da economia brasileira
. No patamar de 13,75% ao ano desde agosto do ano passado, a Selic não deve sofrer alterações, apesar das pressões do governo federal.
Na visão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o BC já deveria ter reduzido a taxa de juros. Questionado nesta terça-feira (2) se o Copom poderia reduzir a taxa Selic na reunião desta semana, Haddad respondeu: "Que dá, dá, né?".
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Apesar das pressões, o mercado estima que a Selic deve ser mantida em 13,75% nesta quarta-feira. O tema tem gerado desentendimentos entre o governo federal e o BC.
Na última semana, Haddad, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, e Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, participaram de um debate no Senado Federal sobre a taxa de juros.
Na ocasião, Haddad defendeu que a manutenção dos juros altos desacelera a economia e, consequentemente, prejudica a arrecadação federal . Campos Neto, porém, indicou ainda não ser possível reduzir a Selic, e voltou a defender que o trabalho do BC é técnico.