O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse neste domingo (16) que "não há possibilidade" de o Congresso Nacional votar uma reforma tributária que eleve a carga tributária. Segundo ele, esse também não é o desejo do governo federal.
“Não há possibilidade nenhuma de o Congresso aprovar aumento de impostos. Não há de jeito algum. Isso nem o governo quer nem nós aprovaremos o aumento de carga tributária”, declarou em entrevista exibida no canal de notícias Bandnews.
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Lira disse ainda que o assunto é uma "cantilena antiga", mas que, dessa vez, o governo conta com seu apoio para ter base na hora de aprovar o texto.
“Eu penso que poderia ter uma eleição para a presidência da Casa vitoriosa sem o apoio do Partido dos Trabalhadores, mas eu aceitei o apoio, tenho amigos dentro do Partido dos Trabalhadores. E por ter aceitado o apoio, não me sinto à vontade de não ajudar.”
Sobre a nova regra fiscal, Lira declarou que tanto ela, quanto a reforma tributária, são "matérias de interesse do país. Muito mais do que interesses de governo".
Lira disse que ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está no “caminho certo” ao propor a nova regra fiscal e a reforma tributária.
A intenção do presidente da Câmara é aprovar a reforma até junho de 2023. Para isso, a Câmara formou um Grupo de Trabalho a fim de "tirar da frente os obstáculos", afirmou Lira.
Juros
O presidente da Câmara, Arthur Lira, também pediu "serenidade" na discussão em torno da taxa Selic. Ele entende que "não pode haver redução de juros artificial".
Ainda de acordo com Lira, a Independência do Banco Central (BC) foi uma "conquista do país".
Os 2 temas têm sido criticados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e por aliados do governo. “Ninguém tem juro alto porque quer. Eu só penso que o juro alto é menos danoso que a inflação alta”, acrescentou Lira.