O indicado para a presidência da Petrobras, Jean-Paul Prates, deve assumir o comando da estatal interinamente até a reunião de acionistas prevista para fevereiro. Essa é a visão de interlocutores ligados à Prates e conselheiros da empresa.
Com o nome oficialmente indicado na última semana pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, Jean-Paul Prates passará por análise do Comitê de Elegibilidade (Celeg) e do Comitê de Pessoas (Cope). A expectativa é que o ex-senador seja aprovado até o começo da próxima semana.
Após esse prazo, o Conselho de Administração da Petrobras deverá convocar uma reunião para indicar Prates como membro. Ele assumirá o lugar de Caio Paes de Andrade, que deixou o posto com o fim do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Se aprovado, o conselho deverá indicar o ex-senador como presidente interino, no lugar de João Henrique Rittershaussen, diretor-executivo de Desenvolvimento da Produção da estatal, que assumiu após a saída de Paes de Andrade.
Para assumir o comando da empresa em definitivo, Prates deverá ter seu nome aprovado pelo Conselho de Acionistas. A reunião está prevista apenas para fevereiro, já que é obrigatório a convocação do encontro com 30 dias de antecedência.
Lula (PT) e seus aliados acreditam que o nome do ex-senador será aprovado sem resistências. A União detém a maior porcentagem nas ações da Petrobras e, por isso, tem maior poder de voto.
Para compor a diretoria da estatal, Prates prometeu, quando foi indicado por Lula, que convidará funcionários de carreira da estatal que possuem visões parecidas com as perspectivas do governo petista. Os nomes ainda não foram definidos.
Jean-Paul Prates já afirmou que pretende alterar a política de preços da Petrobras e ainda estuda meios de mexer nos preços dos combustíveis. A gestão dele ainda deverá focar uma direção para transição energética.