Com alta de 0,62% em dezembro, a i nflação fechou o ano de 2022 com um aumento de 5,79%, mas alguns itens subiram mais de 20 vezes a média do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), como a cebola, por exemplo, que disparou 130% no último ano.
O resultado de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%), que teve o maior impacto (2,41 p.p.) no acumulado do ano. Em seguida, Saúde e cuidados pessoais, com 11,43% de variação e 1,42 p.p. de impacto.
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Na comparação com 2021, o grupo Alimentos e Bebidas teve aumento no acumulado de 12 meses de 3,7 pontos percentuais.
Entre os itens que mais subiram, a maioria faz parte do grupo Alimentos e Bebidas. Veja a lista abaixo:
- Cebola: 130,14% ;
- Batata-inglesa: 51,92%;
- Farinha de mandioca: 38,56%;
- Feijão-carioca: 27,77%;
- Leite longa vida: 26,18%;
- Biscoito: 24,04%;
- Frutas: 24%;
- Leite em pó: 21,46%;
- Iogurte e bebidas lácteas: 20,79%;
- Ovo de galinha: 18,45%;
- Pão francês: 18,03%;
- Queijo: 17,75%;
- Café moído: 13,51%;
- Refrigerante: 12,35%;
- Tomate: 11,87%;
- Lanche: 10,67%;
- Cerveja: 9,37%.
Já entre os itens que mais tiveram redução no preço, estão os combustíveis e a energia elétrica, que fazem parte do grupamento de Transportes. Confira:
- Gasolina -25%
- Etanol -35%
- Energia elétrica residencial -19%
- Abacate -12%
- Acesso à inter -12%net
- Vídeogame -11%
- Filé-mignon -10%
- Abobrinha -10%
- Carne de carneiro -10%
- Aluguel de Veículo -10%
O IPCA estourou o teto da meta definida pelo Banco Central. Este foi o 4º ano consecutivo em que os preços rompem acima do teto da meta.
Para 2022, a meta era de 3,5%, com teto de 5%. O teto da meta considera a margem de tolerância estabelecida pelo CMN, e uma inflação acima do teto pode significar que os preços estão subindo acima do que é considerado saudável para a economia.
Veja a variação de cada índice por grupo:
- Alimentação e bebidas: 11,64%
- Habitação: 0,07%
- Artigos de residência: 7,89%
- Vestuário: 18,02%
- Transportes: -1,29%
- Saúde e cuidados pessoais: 11,43%
- Despesas pessoais: 7,77%
- Educação: 7,48%
- Comunicação: -1,02%
No Brasil, a taxa de inflação mede um amplo aumento ou queda nos preços que os consumidores pagam por uma cesta padrão de bens. As categorias mais importantes do índice são: Transporte (20%); Alimentos e bebidas (19 por cento do peso total); habitação (15 por cento); cuidados de saúde (13 por cento); e despesas pessoais (11 por cento). Além disso, Comunicação responde por 4%; educação para 6 por cento; roupas por 5 por cento; bens domésticos por 4 por cento. Os dados são coletados nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador e Curitiba e nas cidades de Goiânia e Brasília.