O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), tomou posse como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio em uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira (4). Com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alckmin lembrou da importância da indústria local e multinacionais no país e reafirmou a necessidade de maiores investimentos no setor.
Em discurso para empresários e políticos, Alckmin se comprometeu a buscar a reversão da desindustrialização precoce no país. Ele ressaltou que a participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB), embora pequena, é significativa para o desenvolvimento econômico do país.
“O Brasil não pode prescindir da indústria se tiver ambições de alavancar o crescimento econômico”, disse o novo ministro.
“É urgente a reversão da desindustrialização precoces ocorrida no Brasil. Apesar de representar apenas 11% do PIB brasileiro, a indústria de transformação aporta 69% de todo o investimento em pesquisa. Infelizmente, a indústria de transformação tem perdido participação no PIB do país, o que nos impõe uma cara estagnação”, concluiu.
A chegada de Alckmin ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio é um aceno aos empresários, que têm boa relação com o vice de Lula. O ex-tucano terá a missão de quebrar a resistência das grandes empresas ao nome petista no Palácio do Planalto.
Geraldo Alckmin também será responsável por fortalecer o setor industrial e comercial após as crises financeiras de 2015 e 2020. A última foi provocada pela pandemia de Covid-19, que prejudicou as negociações industriais no mundo.
A pasta foi criada na década de 60, mas extinta em 2019 por determinação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na época, o setor foi incorporado ao super Ministério da Economia, sob alçada do ex-ministro Paulo Guedes. Após ser eleito, Lula garantiu aos empresários que retomaria a então secretária ao status ministerial.