O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)
, afirmou nesta segunda-feira (12) que deve anunciar os primeiros nomes de sua equipe de secretários nesta terça-feira (13).
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Ele foi questionado se anunciaria mulheres nessa "primeira leva" de secretários, mas não garantiu.
"Quero compor uma equipe plural, não quero uma escola de pensamento comandando a Economia. Eu quero que a gente tenha uma pluralidade de vozes no ministério. Vou ver também quem o presidente designa para o Planejamento, porque aí acho que podemos fazer uma coisa mais legal ainda, compor uma equipe com traço mais plural", disse.
Haddad comandará a Fazenda, que hoje integra o "superministério" da Economia, junto com Indústria e Comércio, e Planejamento.
Haddad disse nesta segunda que "sugeriu" nomes a Lula para o Planejamento, mas caberá ao presidente eleito fazer a escolha e o anúncio oficial do nome.
"Fiz ponderações, a decisão é dele. Mas como ele falou 'quero um ministro afinado com você', eu fiz algumas ponderações, quero que as equipes estejam muito integradas. Vai ser muito importante a integração nesse momento para deslanchar as providências que precisamos tomar para sanar o que estamos herdando", disse.
Em meio à forte queda na Bolsa de Valores, disse que quer misturar pessoas jovens e mais experientes, mas que ainda depende de algumas respostas dos convidados.
Um dos principais motivos para a preocupação do mercado foi a notícia de que o governo discute modificar a Lei das Estatais para permitir nomeações políticas, sobretudo a de Aloizio Mercadante para o BNDES e do senador petista Jean Paul Prates para a Petrobras.
Haddad também afirmou que voltará a se reunir com o ministro Paulo Guedes, e com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
"Vamos começar a transição prática. Ver a agenda de cada secretaria, para dar continuidade ao que tiver aderência para o país", disse.
"É inédito um ministro da Fazenda assumir já tendo um presidente do Banco Central com dois anos de mandato. Temos que tratar com zelo para construir essa relação, vamos fazer isso", completou.
O mandato de Roberto Campos Neto vai até 31 de dezembro de 2024, quando o terceiro mandato de Lula terá chegado à metade.