Carteira de trabalho
MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL
Carteira de trabalho

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FVG Ibre) aponta que 69,6% dos trabalhadores por conta própria gostariam de ser contratados com carteira assinada. Para aqueles que recebem até dois salários mínimos, a porcentagem é de 74,9%.

O número de interessados no vínculo profissional aumenta entre aqueles que empreendem sem CNPJ ou qualquer tipo de registro oficial, atingindo 87,7%. 

Segundo os dados, da pesquisa da Sondagem de Trabalho, quase um terço dos profissionais entrevistados estariam insatisfeitos com a baixa remuneração. 

Dentro do grupo que gostaria de ser contratado com carteira assinada, um terço deseja a contratação fixa por conta do rendimento fixo (33,1%), e outro terço desejam os benefícios empregatícios como vale-alimentação e vale-transporte (31,4%).

Os trabalhadores que pretendem continuar como autônomos, no entanto, desejam continuar no setor pela flexibilidade de horários (14,3%) ou dos pagamentos (11,9%). 

A pesquisa também revelou que metade dos entrevistados não possuem nenhuma forma de qualificação que garanta um emprego e uma remuneração estável para os próximos cinco a dez anos.

Foram entrevistadas duas mil pessoas, acima de 14 anos, ao redor do país entre agosto e outubro deste ano.

Perda de renda

De acordo com a pesquisa, 27,8% dos trabalhadores com carteira assinada estariam insatisfeitos com o próprio emprego. Dentro da parcela, os principais motivos citados seriam a baixa remuneração (64,2%), poucos benefícios (43,0%) ou insegurança pelo tempo de contrato (23,7%).

Dentre aqueles trabalhadores sem carteira assinada, quase metade dos entrevistados consideram provável ou muito provável que tenham que mudar de emprego ou fonte de renda nos próximos meses. Entre os registrados, no entanto, o número cai para apenas um terço dos entrevistados. 

Caso percam a fonte de renda, 66,5% daqueles que não possuem carteira assinada afirmam que conseguiriam se sustentar por até três meses.

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