A dívida bruta do setor público caiu para 76,8% do PIB (Produto Interno Bruto) em outubro, ou R$ 7,3 trilhões, ante 77,1% registrados em setembro, informou nesta quarta-feira (30) o Banco Central (BC). Este foi o quarto recuo seguido, de acordo com a série histórica do BC.
O nível é o menor desde fevereiro de 2020, antes da primeira onda da pandemia de Covid-19 chegar ao Brasil. Mesmo assim, a dívida pública segue acima da média dos países emergentes, que é de 65% do PIB.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o perfil geral do Portal iG
O BC também informou que as contas do setor público consolidado registraram superávit primário de R$ 27,1 bilhões em outubro. Ainda assim, o resultado representa depreciação na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o valor era de R$ 35,4 bilhões.
O superávit primário é o quanto as receitas superaram as despesas, sem contar o pagamento de juros da dívida.
O indicador leva em conta o caixa dos governos federal, estaduais e municipais. Em outubro, no entanto, o superávit foi puxado pelo Executivo federal.
- governo federal registrou superávit de R$ 30,2 bilhões;
- estados e municípios tiveram saldo negativo de R$ 3,86 bilhões;
- empresas estatais apresentaram saldo positivo de R$ 711 milhões.
No acumulado do ano, o superávit acumula R$ 157,9 bilhões. Comparado com 2021, quando foi de R$ 49,6 bilhões, o valor é quase o triplo.
O governo estipulou como meta neste ano um déficit de R$ 177,490 bilhões. O resultado positivo até o momento ajuda a atingir a meta, já que, se considerarmos o pagamento dos juros, houve déficit de R$ 14,5 bilhões nas contas do setor público em outubro.
Já em 12 meses até outubro deste ano, o resultado ficou negativo (déficit nominal) em R$ 400 bilhões, o equivalente a 4,21% do PIB.
Segundo o BC, no mês passado houve despesa com juros nominais somaram R$ 41,6 bilhões. Em doze meses até outubro, os gastos com juros somaram R$ 573 bilhões (6% do PIB).