A Petrobras informou nesta sexta-feira (11) que não realizou a perícia no telefone corporativo usado pelo ex-presidente da empresa Roberto Castello Branco , após apontar mensagens que poderiam "incriminar" o presidente Jair Bolsonaro (PL) . A informação foi repassada à Controladoria-Geral da União (CGU), que havia cobrado explicações da empresa.
Após ser demitido, em fevereiro de 2021 , Castello Branco acusou Bolsonaro de interferência na estatal e disse haver provas no aparelho. A empresa confirmou que o telefone foi devolvido dois meses após a demissão, no entanto, afirmou à CGU que não houve nenhuma produção de relatório sobre o caso.
"Não foram identificadas, no âmbito da Petrobras, medidas administrativas, produção de relatórios ou de documentos, a partir do conteúdo do telefone corporativo entregue pelo Senhor R.C.B, ex-Presidente da empresa, em virtude dos fatos narrados pelo solicitante no pedido inicial", disse a estatal.
Roberto Castello Branco foi demitido após divergências com Bolsonaro sobre os combustíveis. Na época, a Petrobras anunciava reajustes nos preços da gasolina e diesel quase toda semana.
Enquanto Castello Branco justificativa a política de preços da estatal para os aumentos, Bolsonaro via abuso do presidente da empresa e reclamava por ter sua reputação junto aos eleitores prejudicada, já que os combustíveis enfrentavam forte alta.
Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente da Petrobras negou haver as mensagens e disse que as acusações foram feitas em meio a uma discussão acalorada entre ele e Rubens Novaes, presidente do Banco do Brasil. Castello Branco disse ter usado as palavras erradas e disse que o termo "incriminar" deveria ser desconsiderada.
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