O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira(9) que confia na aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de Transição , que libera gastos fora do teto para cumprir promessas de campanha.
Ontem, o petista se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar do tema, e disse ter visto "muita disposição" para avançar com o texto.
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"Houve muita disposição dos presidentes da Câmara e do Senado (para tramitação da PEC. Alckmin vai sentar com presidentes (das duas Casas) para falar sobre a PEC", disse em sua primeira entrevista coletiva em Brasília após as Eleições.
Lula disse esperar relacionamento amistoso com o Legislativo e que não sabe ainda quem será oposição ao seu governo.
"Se depender de mim, dia 2 a gente está colocando obra para funcionar", disse.
O petista defendeu ampliação de investimentos em infraestrutura e em gastos sociais, afirmando que "não adianta guardar dinheiro para pagar juro para banqueiro". "Saúde, Farmácia Popular e Educação não são gastos, são investimentos", frisou.
O texto deve prever o pagamento do Auxílio Brasil, que retornará ao nome de Bolsa Família, no patamar de R$ 600, além de R$ 150 a mais para filhos de até 6 anos, além do reajuste real do salário mínimo.
Segundo o senador Omar Aziz, que esteve na reunião, a PEC deve custar cerca de R$ 170 bilhões.
Lula também foi questionado sobre a nomeação para o Ministério da Economia, mas afirmou que só pensará no assunto após a COP27, no Egito.
"Estou mais preocupado do que vocês, mas ainda não posso contar", respondeu.