A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) registrou, no fechamento da quinta-feira (27), uma defasagem de 20% do diesel e de 18% da gasolina no mercado brasileiro. A medição ocorre enquanto os preços permanecem congelados pela Petrobras , que está há 56 dias sem alterar o preço da gasolina e há 38 dias sem reajustar o diesel.
A estatal alega usar outra fórmula para realizar a medição da defasagem de preços em relação ao exterior e que seus preços encontram-se alinhados ao mercado internacional.
O sistema de notícias em tempo real Broadcast apurou que o governo pressiona a Petrobras para manter os preços inalterados pelo menos até o fim do segundo turno das eleições, neste domingo.
Especialistas apontam que os preços dos combustíveis devem subir após o pleito, o que a estatal nega que irá ocorrer.
O estudo da Abicom aponta que para alinhar os preços ofertados no Brasil com o mercado internacional as refinarias deveriam subir, em média, o diesel em R$ 1,25 por litro e a gasolina em R$ 0,75 por litro.
Na única refinaria de grande porte privada do País, localizada na Bahia, as defasagens são menores. Segundo o levantamento da Abicom, a diferença de preços no mercado baiano é de 13% no caso do diesel e de 8% na gasolina.
O início do inverno no hemisfério norte e a queda de oferta por causa da guerra entre a Rússia e a Ucrânia tem pressionado o preço do diesel no mercado externo. Já a gasolina também está em tendência de alta pelo crescimento do consumo nos Estados Unidos.