O ministro da economia, Paulo Guedes , afirmou, que caso Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito, a prioridade do governo será garantir o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600.
"Queremos garantir esse programa, que é o maior programa de transferência de renda que já foi feito e é três vezes maior do que o dos governos petistas", disse o ministro em live da Suno Research nesta quarta-feira (27).
Guedes defendeu uma "tributação moderada", em torno de 15%. Segundo o ministro, a mudança renderia algo como R$ 60 bilhões e seria suficiente para pagar pelo benefício.
O ministro também propôs um avanço na reforma tributária e aumentos do salário mínimo acima da inflação.
Crítica ao teto de gastos e projeções
Guedes afirmou novamente que a regra foi "muito mal construída" e disse disse que o teto de gastos limitou a ação do governo no combate a pandemia.
"O teto foi muito mal construído. O teto era para não deixar a chuva entrar, mas foi o contrário. Tinha um fogo, um incêndio dentro da casa e não tinha chaminé para deixar a fumaça sair", afirmou.
Para o ministro, os economistas erraram as projeções para a economia brasileira durante os quatro anos do governo. Guedes acredita que a mudança técnica no modelo econômico do País explica alguns erros, porém outros ocorreram devido a "militância" ou "má-fé".
Ele aponta que o país deve ter expansão próxima de 3% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, número que supera o crescimento zero ou uma "recessão moderada" de 1,5% prevista.
Guedes afirmou acreditar que a bolsa irá "subir bastante" na segunda-feira, em referência a uma perspectiva de vitória do presidente Jair Bolsonaro no segundo turno, e pediu "um voto de confiança" dos eleitores".
Programa de governo
Em tom de crítica ao ex-presidente Lula (PT), Guedes afirmou que o programa econômico de Bolsonaro é conhecido e, portanto, não trará surpresas caso ocorra a reeleição.
"Nosso programa todo mundo já conhece, todo mundo sabe, não tem surpresa. Se tiver novidade, é uma novidade boa, como o Fundo de Erradicação da Pobreza".
O ministro explica que o programa defenderia o fim do Auxílio Brasil, contribuições compulsórias para trabalhadores informais e mais encargos trabalhistas. Guedes acrescenta que o Estado brasileiro deveria se desfazer de ativos para transferir recursos para a população.