Paulo Guedes, ministro da Economia
Reprodução/Jovem Pan 28.09.2022
Paulo Guedes, ministro da Economia

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se negou a garantir a manutenção do ministro da Economia, Paulo Guedes , caso ele seja reeleito no 2º turno, em 30 de outubro. Perguntado duas vezes por jornalistas, ele apenas elogiou o economista, mas não confirmou a recondução ao cargo. 

A imprensa insistiu na pergunta, e Bolsonaro disse que o ministro merecia um Prêmio Nobel de Economia, por sua gestão à frente da pasta. 

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“Olha, o Paulo Guedes é um exemplo de gestão no momento mais difícil da história do Brasil. Não perdemos emprego em 2020 e 2021, muito pelo contrário. Todo mundo pensava que em 2020 a gente ia cair 10% em termos de PIB e caímos 4%. Guedes tomou medidas fantásticas. Costumo dizer que a grande vacina para a economia foi em 2019, com a lei da liberdade econômica”, respondeu Bolsonaro nesta quarta-feira (5) ao anunciar o apoio do governador do Paraná, Ratinho Júnior.

“Um homem que age dessa maneira é uma bênção de Deus. Durante momentos difíceis, teve gente que criticou muito o Paulo Guedes. Alguns queriam que eu trocasse de ministro. Eu falei jamais vou trocar de paraquedas depois de sair do avião. Então, o Paulo Guedes merece respeito da nossa parte, consideração, merece um Prêmio Nobel de Economia. Assim como Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, tem recebido elogios no mundo todo”, emendou o chefe do Executivo.

Bolsonaro ressaltou que a autonomia concedia ao Banco Central (BC) fez com que ele "abrisse mão de poder". 

Nesse momento, outro repórter perguntou sobre a manutenção de Guedes, e Bolsonaro encerrou a coletiva sem responder. 

O ministro, no entanto, tem trabalhado para permitir a reeleição do presidente, viabilizando gastos fora do teto e prometendo reformas como a administrativa e a tributária até o fim do ano , em caso de manutenção do presidente. 

Histórico

O "namoro" com o "Posto Ipiranga" teve altos e baixos. Desde que reuniu os ministérios da Fazenda, Planejamento em Indústria em um só "super ministério da Economia", Guedes tem visto seus poderes diminuírem a cada dia.

Bolsonaro teve diversos atritos com o ministro durante os 4 anos que está no Planalto, em todos, Guedes cedeu às vontades do Executivo, alegando que "a política" manda. 

Em dezembro, o  governo também determinou que a Casa Civil teria a palavra final sobre a gestão do Orçamento. 

Em fevereiro, o ministro da Economia deu indícios que pretende continuar no cargo em um eventual segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro, mas não garantiu a permanência . Como condição, Guedes diz que o Brasil precisa manter a aliança entre conservadores e liberais que elegeram Bolsonaro. 

"Se vejo que essa aliança está seguindo, estou entusiasmado. Agora, se for um governo só conservador…", ponderou Guedes.



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