Após sucessivos cortes no preço dos combustíveis
, a Petrobras volta a ficar pressionada a reajustar o preço dos combustíveis para se adequar a paridade internacional. De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a defasagem da gasolina chega a R$ 0,28 e a do diesel R$ 0,17.
O petróleo e derivados voltaram a subir no mercado internacional. Nesta quarta-feira (5), o Brent registra alta de 1,8%, cotado a US$ 93,95.
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O preço do barril pode disparar após a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que decidiu cortar a produção global de petróleo em dois milhões de barris diários, o maior corte desde abril de 2020, no início da pandemia de coronavírus.
Uma menor oferta pode pressionar a demanda e provocar uma alta dos preços, inclusive dos combustíveis.
Um eventual aumento dos combustíveis seria desastroso para a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta reeleição, e um dos motes é a derrubada do preço dos derivados de petróleo.
Bolsonaro escalou Caio Paes de Andrade para comandar a Petrobras. Desde então, ele vem promovendo sucessivos cortes nos produtos da estatal, desde os combustíveis até derivados de asfalto, a fim de amenizar a inflação ao consumidor.
De acordo com levantamento da Abicom, a defasagem média do preço do diesel atingiu 3% e da gasolina 8% na terça-feira.
"Apesar da redução do câmbio no fechamento de ontem, os preços de referência da gasolina e os do óleo diesel no mercado internacional apresentaram uma valorização, nas contas da Abicom, as defasagens estão negativas", diz a entidade.