Em busca de mais 4 anos no Planalto, o presidente Jair Bolsonaro deve gastar R$ 6,4 bilhões até 25 de outubro, 5 dias antes do 2º turno nas eleições, somando apenas os benefícios extras, como os R$ 200 a mais no Auxílio Brasil, o suplemento no val-gás e o "pix" para caminhoneiros e taxistas.
Com os R$ 200 extra no Auxílio Brasil, o governo gastará R$ 3,6 bilhões. Além disso, ontem, a Caixa anunciou a inclusão de mais 477 mil famílias , que representam gasto de R$ 1,8 bilhão. Com os outros benefícios, a conta fecha R$ 6,4: Vale-gás R$ 300 milhões; "pix-caminhoneiro" R$ 300 milhões; "pix-taxista" R$ 300 milhões.
Antes do primeiro turno, essas despesas, justas, já representavam R$ 12,2 bilhões, liberadas pelo Congresso Nacional por meio da "PEC das Bondades" , que permitiu gastos sociais fora do teto de gastos. Ao todo, 21,8 milhões de pessoas foram agraciadas com um ou mais benefícios.
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O governo também investiu na troca do cartão do Bolsa Família, que carrega a marca do PT, pela imagem do Auxílio Brasil. Até o momento, foram 6,6 milhões de cartões entregues e outros 950 mil na fila.
A intenção da campanha é retirar votos de um eleitorado que historicamente mostra-se consolidado como adepto ao PT, como os cidadãos que recebem até 2 salários mínimos e moradores do Nordeste.
2023
As promessas para 2023 são ainda mais extravagantes e somam R$ 160 bilhões. A conta engordou após o anúncio feito nesta terça-feira (4) de 13º para 17 milhões de mulheres beneficiárias do Auxílio Brasil.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a medida terá impacto de R$ 10,1 bilhões aos cofres públicos.
Para o ano que vem, ainda restam dúvidas sobre a manutenção do patamar de R$ 600 para o Auxílio Brasil, uma vez que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) só garante R$ 405 para cada recebedor do programa.
O acréscimo no Auxílio Brasil teria impacto de R$ 52 bilhões.
Outra promessa ainda sem fonte de custeio definida é a correção da tabela do Imposto de Renda, que Bolsonaro já havia prometido em 2018, mas não cumpriu. Ainda de acordo com a FGV, se realizada, impactará em R$ 17 bilhões os cofres da União.
Há ainda promessas como reajuste de R$ 11,6 bilhões para os servidores, manutenção das desonerações dos combustíveis (R$ 52,9 bilhões).
Crédito
Mirando o eleitorado feminino, o presidente Jair Bolsonaro ordenou que a Caixa criasse linha de créditos especiais para elas. Além disso, o banco lançou um aplicativo destinado especificamente para as mulheres, a fim de facilitar o acesso.
Em outra frente, o governo liberou o empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil, com taxas de 3,5%, que ainda podem ser reduzidas, segundo a presidente da Caixa, Daniella Marques.
A previsão é que o empréstimo seja liberado na segunda quinzena do mês, ou seja, antes do 2º turno das eleições.
Lula larga na frente com 57.259.504 dos votos válidos, ou 48,43%, ante 51.072.345 de Bolsonaro, ou 43,20% do total de votos válidos. Os dois irão disputar o segundo turno no próximo dia 30.