Produtos alimentícios registram a terceira maior deflação do mês, porém acumulam alta na contagem anual
Ana Branco/Agência O Globo
Produtos alimentícios registram a terceira maior deflação do mês, porém acumulam alta na contagem anual

Mesmo com deflação de 0,47% em setembro, no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), de acordo com pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas três dos nove grupos cobertos pela pesquisa recuaram os preços. E, apesar do grupo alimentos e bebidas ser o terceiro colocado na lista de deflação, esses produtos ainda acumularam inflação de 12,73%, nos últimos 12 meses.

Dentre os itens pesquisados, os principais impactos sobre este resultado partiram das quedas do leite longa vida (12,01%), do tomate (8,04%) e do óleo de soja (6,50%). Mas, apesar da queda, o preço do leite acumula alta de 58,19% no ano. 

"Apesar do IPCA de setembro ter tido a segunda deflação seguida, os preços dos alimentos ainda representam um grande impacto no bolso dos brasileiro. Para a maioria da população, o IPCA torna-se real quando as famílias vão ao supermercado", explica o economista.

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A variação no preço dos mesmos alimentos em diferentes supermercados também é uma preocupação dos consumidores, mesmo diante da queda do IPCA. Isso por que um levantamento da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), feito nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Goiânia, Porto Alegre e Salvador mostrou uma variação de preços dos produtos de até 487%, nos mercados brasileiros.

A pesquisa analisou mais de 92 mil preços em 700 pontos de venda. A pesquisa comparou o preço de duas cestas de produtos básicos, compostos por itens de marcas líderes e marcas mais baratas. Segundo a Proteste, os preços menores e maior economia anual, são obtidos quando os consumidores optam pelas marcas mais baratas, e compram nos supermercados em bairros suburbanos ou periféricos.

Além disso, a pesquisa revelou que dentro de uma mesma cidade, os preços de determinados produtos podem variar muito. Um exemplo disso é o preço do quilo do limão, na cidade de São Paulo, que tem uma variação de 487%. Em Porto Alegre, o quilo de mandioca variou entre R$ 2,98 e R$ 7,89.

A educadora financeira Aline Soaper destaca que a saída na hora das compra  é a pesquisa de preços e a troca de produtos e marcas. “Uma boa estratégia é pesquisar itens em diferentes supermercados. Trocar produtos que aumentaram de preço por itens com valor menor também é uma alternativa. Além disso, escolha as marcas mais baratas ou que oferecem melhor custo benefício ”, explica.

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