O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, criticou a queda anunciada pela Petrobras no preço do gás de cozinha . Segundo ele, a decisão é resultado da proximidade das eleições.
“Pressionada pelo calendário eleitoral, a gestão da Petrobras virou instrumento de campanha política às vésperas das eleições, passando a reduzir o intervalo de rebaixamento dos preços dos combustíveis. A queda no preço do gás de cozinha, anunciada nesta segunda-feira, 12, segue essa mesma estratégia", disse
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"A vinte dias do pleito, o governo corre atrás do prejuízo depois de três anos e oito meses de altas recordes nos preços dos derivados, reajustados com base na equivocada política de preço de paridade de importação (PPI). Somente no gás de cozinha, a alta de preço nas refinarias foi de 119,1% ao longo do período Bolsonaro, levando a camada mais pobre da população a lançar mão de lenha para cozinhar, enfrentando graves riscos de acidentes. Enquanto isso, o salário mínimo, sem aumento real, teve reajuste de apenas 21,4% no atual governo”, completou.
A Petrobras anunciou que vai reduzir o preço do gás de cozinha para as distribuidoras em 4,72% a partir desta terça-feira (13). Com a queda, o preço do botijão de 13kg deverá ser R$ 52,34.
É a segunda redução consecutiva no preço do GLP, também conhecido como gás de cozinha. Em abril deste ano, houve uma queda de R$ 0,25 no valor do kg. Antes, no entanto, os preços mantinham trajetória de alta. Em julho do ano passado, houve aumento de 6%; em outubro de 7,2% e em março deste ano de 16,1%.