A nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, anunciou nesta quinta-feira (8) o congelamento das contas de energia residenciais pelos próximos dois anos.
A medida busca combater a disparada da inflação em função da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia e é uma espécie de cartão de visitas da premiê conservadora, que assumiu o governo britânico na última terça-feira (6), substituindo Boris Johnson.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o perfil geral do Portal iG
De acordo com Truss, as contas de energia residenciais serão limitadas a 2,5 mil libras esterlinas por ano (R$ 15 mil pela cotação atual). Já clientes não-domésticos, como empresas, ONGs, escolas e hospitais, serão beneficiados com seis meses de congelamento.
Analistas estimam que o plano pode custar até 100 bilhões de libras (R$ 600 bilhões) aos cofres públicos, já que o governo vai pagar as diferenças de preços para os distribuidores de energia.
Admiradora de Margaret Thatcher, defensora de um Estado mínimo e ex-funcionária da petrolífera Shell, Truss rechaçou apelos da oposição trabalhista para aumentar os impostos sobre os lucros de empresas de energia, que dispararam por conta da alta dos preços.
Além disso, a premiê disse que vai revisar o cronograma para o Reino Unido zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, o que inclui o fim da proibição ao "fracking", sistema de extração de gás e petróleo criticado por ambientalistas por ser altamente poluente.
"Estou pronta para fazer o que for necessário", afirmou Truss sobre o combate à inflação no setor energético. "Não existem soluções sem custos", acrescentou.