Um terço (33%) da população brasileira não sabe que o Auxílio Brasil deixa de pagar os R$ 200 adicionais em janeiro de 2023
e retoma o patamar de R$ 400, segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (31).
A pesquisa aponta ainda que a maioria do eleitorado (63%) acredita que o aumento do benefício para R$ 600 e outras medidas econômicas do governo visam a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Outros 31% dizem que a gestão da economia quer ajudar as pessoas.
Subiu o conhecimento das pessoas sobre o valor turbinado do Auxílio Brasil de 81% para 84% desde a última pesquisa, em 17 de agosto. Ao mesmo tempo, caiu de 19% para 15% a taxa de pessoas que desconhece o aumento de R$ 200, proporcionado pela PEC Eleitoral .
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A vantagem de Lula sobre Bolsonaro entre quem recebeu o Auxílio Brasil, já com o valor ajustado de 600 reais, está em 29 pontos, distância aproximadamente igual em relação ao mês anterior.
"Essa estabilidade nos segmentos revela algo muito importante: mesmo depois de 15 dias desde a última rodada da pesquisa, ainda não observamos de forma significativa o efeito do pacote de bondades do governo. No eleitorado de renda baixa, Lula vence Bolsonaro por 52% a 25%", diz Felipe Nunes, diretor da pesquisa.
Apenas metade das pessoas (51%) atribui ao presidente o aumento do Auxílio Brasil, índice que era de 58% na última pesquisa. Nesse período, também subiu a taxa de pessoas que atribui o aumento ao Congresso Nacional, de 9% para 16%.
Inflação
A boa notícia para o governo é que o eleitorado finalmente sentiu a redução no preço dos combustíveis e da luz, mas segue vendo alimentos mais caros.
Oito em cada dez (82%) dos perguntados afirma que o preço da gasolina caiu no último mês, enquanto 41% viram redução na tarifa de luz e apenas 18% sentiram queda no preço dos alimentos.
Cenário das urnas
A pesquisa mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda se mantém à frente, com 44% das intenções de voto no primeiro turno contra 32% do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). A diferença de 12 pontos entre os candidatos se manteve em relação a última pesquisa Genial.
Com avanço nas intenções de voto, Ciro Gomes (PDT) subiu 2 pontos e tem agora 8% — em comparação com a última pesquisa — Simone Tebet (MDB) subiu 1 ponto e tem 3% das intenções. Vera Lúcia (PSTU) e Felipe D'Ávila (Novo) têm 1% cada. Tebet, Vera e D'Ávila estão tecnicamente empatados pela margem de erro. Os demais não pontuaram.
O levantamento ouviu 2.000 pessoas em 120 municípios das cinco regiões do País entre os dias 25 e 28/ago. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiabilidade de 95%. Pesquisa registrada BR-00585/22.