O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta sexta-feira (26) que o próximo governo deverá manter o Auxílio Brasil em R$ 600. Segundo Pacheco, a corrosão inflacionária nas finanças das famílias nós últimos anos obriga a manutenção do valor dado temporariamente aos beneficiários.
O chefe do Congresso Nacional citou o encarecimento da energia elétrica e de alimentos. Pacheco ainda se comprometeu a colaborar com a próxima gestão para manter o valor do programa.
"No próximo ano o valor de 600 reais vai estar muito defasado em razão da inflação que nos assola, especialmente de itens como comida e energia", disse em evento do grupo Lide, no Rio de Janeiro.
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"Acho inevitável que tenhamos no mínimo 600 reais de Auxílio Brasil. O Poder Executivo terá de estruturar um programa social eficaz para sociedade e vai encontrar no Congresso um poder colaborativo", concluiu.
A manutenção dos R$ 600 do Auxílio Brasil é uma promessa já feita por quase todos os candidados à presidência da República. Entre os principais postulantes, Lula e Bolsonaro afirmaram que manterão as parcelas mais altas, enquanto Ciro Gomes promete o valor em R$ 1 mil.
Mudança no Teto de Gastos
O presidente do Senado ainda defendeu uma mudança nas regras do Teto de Gastos para manter as parcelas do Auxílio Brasil no atual patamar. Segundo Rodrigo Pacheco, não se pode deixar o limite de gastos provocar a fome de 33 milhões de brasileiros.
"A discussão do teto de gastos ocorrerá também. Há quem diga que deva ser revogado ou relativizado. Defendemos o teto de gastos públicos eventualmente com exceções próprias sobretudo para um programa social. Não podemos a pretexto do teto de gastos assistir 33 milhões de pessoas passando fome... Vamos encontrar o caminho para sustentar o programa", concluiu o senador.