Fila no CRAS de Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio, para cadastramento e atualização de dados no CadÚnico
Fabiano Rocha/Agência O Globo
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Os beneficiários do Auxílio Brasil , em sua maioria (53%), acreditam que a situação econômica do país irá melhorar. Já entre os que não recebem o programa, o otimismo é menor, apenas 47% creem em melhoria na economia, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (23). 

Na última pesquisa, realizada em junho, 36% dos que recebiam o benefício acreditavam na melhora da economia do país. A fatia aumentou 55% nesse período.

Entre os não atendidos pelo programa, o aumento foi de 47%, saindo de 32% em junho. 

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A pesquisa já mede os efeitos do Auxílio Brasil turbinado com as parcelas de R$ 600. O novo valor permanece até dezembro, quando acaba o benefício extraordinário de R$ 200. 

O número de beneficiários também aumentou. Foram incluídos mais 2,2 milhões de famílias, com isso, o número de atendidos chegou a 20,2 milhões. Os beneficiários do programa de distribuição de renda representam 1 em cada 4 brasileiros.

Segundo o instituto, o pessimismo sobre a economia também diminuiu entre a população que recebe o Auxílio Brasil, de 29% para 16%. A desconfiança é maior entre os que não recebem o benefício: 19% em agosto. Em junho, esse número era de 36%.

Já quando o assunto são as próprias finanças, cresceu de 53% para 61% a parcela de beneficiários do programa que prevê alguma melhora. Os que acreditam que terão piora na condição financeira caiu 12%, em junho, para 7%.

Para os eleitores que estão fora do programa, 57% apostam numa melhora da situação financeira pessoal. Antes eram 45%. Os que acham que a situação ficará mais difícil diminuiu de 16% para 8%.

Perfil dos beneficiários

Segundo o Datafolha, o eleitor que recebe o Auxílio Brasil estudou até o ensino médio (52%) e pelo menos um terço (32%) dos beneficiários do programa diz não ser economicamente ativo. Em junho, a taxa era de 30%.

Outros 42% completaram apenas ensino fundamental. Em junho, eram 46% que haviam concluído o ensino médio e 38% o fundamental.

Dentre os beneficiários, 20% sobrevivem de 'bicos', 17% estão desempregados e 16% são donas de casa. 

Quanto à religião, 51% se dizem católicos e 25% evangélicos, enquanto 11% não declararam possuir religião. 

A população que depende do auxílio do governo se concentra com maior intensidade em cidades do interior do país: 63%. A parcela de 19% de quem recebe o benefício mora em regiões metropolitanas e 17% são de capitais do país, mesmo patamar de dois meses atrás.

O Datafolha entrevistou 5.744 eleitores em 281 cidades entre os dias 16 e 18 de agosto. A margem de erro do estudo é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pela Folha e pela TV Globo.


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