Bancos e corretoras reduziram suas expectativas de inflação
para este ano pela sétima semana seguida, chegando a 7,02%, mas elevaram as projeções para 2023 pela 19ª vez consecutiva, de acordo com o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC).
O patamar de 7,02% é uma redução de mais de 0,5 ponto percentual (p.p) na comparação com quatro semanas atrás, quando a projeção do mercado era de 7,54%. Essas seguidas reduções são fruto de medidas como a redução de impostos e o teto de ICMS para combustíveis e energia elétrica.
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Na semana passada, o IBGE divulgou que houve deflação em julho pela primeira vez desde maio de 2020 justamente por esses fatores. Mesmo com essas quedas, a inflação deve estourar a meta estipulada para o BC de 3,5%, que tem intervalo de tolerância de 1,5 p.p para cima ou para baixo.
Para 2023, a expectativa é que a inflação volte a ficar acima da meta estipulada de 3,25%, com teto de 4,75% e piso de 1,75%. Na avaliação dos agentes de mercado, a inflação ficará em 5,38%.
PIB e Selic
Apesar da elevação nas projeções de inflação para 2023, o mercado não mudou suas expectativas para a taxa básica de juros, a Selic. Tanto para este ano quanto para o próximo, as projeções continuaram em 13,75% e 11%, respectivamente.
Na última semana, o BC sinalizou que o fim do ciclo de elevação da Selic está próximo e que pode fazer uma última elevação de 0,25 p.p na próxima reunião. Atualmente a taxa está em 13,75%.
Para o crescimento da atividade, o mercado vem elevando as expectativas para este ano nas últimas semanas principalmente por conta do impulso fiscal resultante da PEC Eleitoral, com o pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil.
O crescimento esperado do PIB para 2022 é de 2%, contra 1,98% na semana passada e 1,75% há quatro semanas. Para o ano que vem, a projeção é de alta de 0,41% contra 0,50% há um mês.