Daniella Marques
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Daniella Marques

Enquanto os bancos aguardam uma portaria do governo federal para regulamentar o crédito consignado do Auxílio Brasil , a Caixa Econômica Federal já promete ofertar a menor taxa de juros aos beneficiários. 

"Não está definido [o percentual], existe uma governança interna do banco, existe um processo de balanceamento de crédito e definição de taxas, mas o que eu posso dizer é que existe o compromisso da Caixa de que seja feito na menor taxa possível e que a gente praticará a menor taxa do mercado, respeitando os comitês e a governança do banco", afirmou Daniella Marques, presidente do banco, nesta terça-feira (9) no lançamento do Caixa pra Elas.

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Os  grandes bancos privados do país não vão embarcar na proposta aprovada pelo Congresso e sancionada esta semana pelo presidente Jair Bolsonaro de oferecer empréstimo consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil, multiplicando os recursos nas mãos das famílias às vésperas da eleição.

Bradesco, Itaú, Santander, Nubank e BMG são algumas das instituições que já decidiram não oferecer o crédito. A recusa do mercado vem após o governo lançar a iniciativa sem, por exemplo, colocar um limite à taxa de juros a ser cobrada.

A presidente da Caixa defendeu a oferta de crédito com desconto em folha e disse que a iniciativa de atendimento para mulheres também servirá para abordar o assunto.

"Dois terços das beneficiárias do auxílio são mulheres e aí é uma oportunidade da gente conscientizar. Se a pessoa já está devendo, por exemplo, no cartão de crédito de uma loja de vestuário ou de eletrodomésticos, está pagando juros de 10% e não sabe nem o que é juros", disse.

Marques vê o consignado como uma tentativa de trocar perfis de dívida. "Mas principalmente a gente que fazer um trabalho educativo muito grande para não gerar um estímulo ao endividamento das famílias."

Bolsonaro apela para bancos

O presidente  Jair Bolsonaro (PL) pediu para que bancos reduzam os juros de empréstimos consignados para beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A declaração foi dada nesta segunda-feira (8), em um encontro com banqueiros intermediada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

O pedido de Bolsonaro acontece após o Planalto sancionar uma lei que prevê o aumento da margem de consignado para beneficiários do BPC e Auxílio Brasil. A medida enfrenta resistência dos grandes bancos por medo do aumento de endividamento das famílias brasileiras.



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