Plenário do Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado - 20.04.2022
Plenário do Senado

O projeto de lei que obriga os planos de saúde a cobrir tratamentos e procedimentos fora do rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), aprovado pela Câmara na semana passada, irá direto ao plenário do Senado, sem que precise passar por qualquer comissão antes. É o que afirmou o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta segunda-feira (8). Não há, no entanto, data marcada para que a proposta seja analisada pelos senadores.

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De acordo com Pacheco, o relator do PL deverá ser definido até terça-feira. Depois, antes da proposta ser votada no plenário do Senado, a Casa irá fazer uma sessão de debates sobre o tema. O objetivo, segundo o senador, é que a votação aconteça ainda este mês.

O projeto determina que os planos façam procedimentos fora da lista da ANS caso exista comprovação da eficácia "baseada em evidências científicas e plano terapêutico"; haja recomendações do Sistema Único de Saúde (SUS), ou exista recomendação de, no mínimo, um órgão de avaliação de tecnologias em saúde (como a FDA americana).

"Esse projeto vai direto ao plenário do Senado. Nós designaremos um relator até amanhã. Vamos definir um bom perfil para poder relatar essa matéria", disse Pacheco, que completou: "É importante que, indo direto ao plenário, haja ao menos uma sessão de debates para poder ouvir a sociedade e dos segmentos entorno desse projeto. E ainda no mês de agosto ele seja deliberado diretamente no plenário, sem a necessidade de passar pelas comissões permanentes da Casa".

Apesar de contar com o apoio de entidades como Instituto de Defesa do Consumidor e uma parcela considerável da população, principalmente de famílias de pacientes que fazem uso de tratamentos alternativos, o projeto encontra resistências por parte da ANS, que já emitiu uma nota técnica contrária à proposta. Operadoras de planos de saúde também se movimentam para mudar no Senado o texto do projeto que foi aprovado na Câmara.

Diante deste cenário, lideranças do governo federal no Senado tentam adiar a votação do PL na Casa. O argumento utilizado é que eles querem se reunir com representantes da ANS antes da proposta ir ao plenário para que possam alinhar as expectativas a respeito da matéria.

Nesta terça-feira, está previsto uma manifestação no Senado para defender o projeto de lei. Segundo os organizadores, ao menos 200 manifestantes devem comparecer ao Congresso para pressionar os senadores pela aprovação do texto.

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