Auxílio Brasil de R$ 600 é insuficiente para maioria dos eleitores
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Auxílio Brasil de R$ 600 é insuficiente para maioria dos eleitores

Uma das principais apostas do presidente Jair Bolsonaro (PL) para as eleições, o Auxílio Brasil de R$ 600, que começa a ser pago na semana que vem, é insuficiente para mais da metade dos eleitores, revela nova pesquisa do Datafolha.

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A PEC Eleitoral, que abriu margem para ampliar o valor do benefício de R$ 400 para R$ 600 até o final do ano, também é visto como eleitoreira para a maioria dos entrevistados.

Segundo o Datafolha, 56% dos eleitores consideram o novo valor do Auxílio Brasil insuficiente, 36% consideram suficiente e 7%, mais do que suficiente.

Entre os beneficiários do programa, 54% avaliam o benefício como insuficiente, 38%, como suficiente, e 8% afirmam ser mais do que suficiente.

Em maio, quando foram questionados sobre o valor do Auxílio Brasil em R$ 400,  69% dos beneficiários responderam que o benefício era insuficiente, 29% classificavam como suficiente e 2%, como mais do que suficiente.

De acordo com a pesquisa, 25% dos entrevistados são ou moram com um beneficiário do programa que substituiu o Bolsa Família. Em maio, eram 21%. Entre os beneficiados (diretos ou indiretos), 63% são mulheres.

De olho nas eleições

Questionado sobre quais seriam as motivações do governo federal em oferecer um 'pacote de bondades' até o final deste ano, 61% dos eleitores responderam acreditar que o objetivo é ganhar votos para o presidente Bolsonaro.

Outros 31% dizem que o governo quer, principalmente, ajudar as pessoas que estão precisando, enquanto os 6% restante veem as duas motivações em conjunto e 2% não opinaram.

Não há uma diferença significativa nas respostas entre quem recebe o Auxílio Brasil (59% avaliam que a motivação é principalmente eleitoral e 32% destacam o objetivo de ajudar os pobres) e aqueles que não recebem o benefício (61% e 31%, respectivamente).

Entre os eleitores que aprovam o governo, 20% veem o pacote com objetivo prioritariamente eleitoral, e 68% destacam o intuito de ajudar as pessoas. Para os que reprovam o governo, os percentuais são de 87% e 9%, respectivamente. A opinião sobre o objetivo eleitoreiro também é maior entre eleitores de 16 a 24 anos (69%).

Mesmo com a aprovação da PEC Eleitoral, Bolsonaro aparece em segundo lugar na pesquisa sobre intenção de voto, com 29%. Lula aparece na primeira posição, com 47%. Os dados também são do Datafolha.

O Datafolha ouviu 2.556 pessoas em 183 cidades de forma presencial na quarta (27) e quinta-feira (28). A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-01192/2022.

Além de ampliar o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, a PEC também dobrou o valor do vale-gás, criou um voucher a caminhoneiros de R$ 1 mil e criou um auxílio a taxistas, também no valor de R$ 1 mil. Todas as medidas valem até o fim deste ano e começam a ser pagas neste mês. 

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