Os Estados Unidos e o Reino Unido anunciaram a revogação de medidas restritivas às exportações brasileiras de aço. A informação foi divulgada, nesta segunda-feira (25), em nota conjunta dos ministérios da Economia e das Relações Exteriores.
Segundo a nota, os EUA deixaram de cobrar taxas adicionais de até 46% —35% de direito antidumping e 11% de medida compensatória (em investigações sobre subsídios) — na importação de laminados a frio do Brasil, em vigor há mais de cinco anos. O governo americano anunciou o fim das medidas no último dia 19.
Os EUA concluíram que a extinção das medidas não levará à continuação ou à retomada de suposto dano material à indústria estadunidense, tal como demonstrado pelo governo brasileiro. O Brasil foi o único excluído das restrições em uma lista da qual fazem parte China, Índia, Japão, Coreia do Sul e Reino Unido.
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Adicionalmente, o Reino Unido havia anunciado, em 23 de junho, a exclusão do Brasil da aplicação da medida de salvaguarda sobre chapas de aço e laminados a frio, que estavam há um ano sujeitos a uma sobretaxa de 25%, cobrada se ultrapassado o volume máximo periódico pré-estabelecido. O Brasil convenceu os britânicos que está de acordo com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
"Com essa exclusão, o Brasil encontra-se, atualmente, isento de todas as categorias da salvaguarda do Reino Unido sobre produtos de aço, prevista para vigorar até junho de 2024", diz um trecho da nota.
Os EUA e o Reino Unido são dois dos principais mercados para o aço brasileiro. No ano de 2019, o Brasil exportou cerca de US$ 7,3 bilhões em produtos siderúrgicos ao mundo, dos quais mais de US$ 3,4 bilhões foram destinados aos EUA e ao Reino Unido.