O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (17) que as negociações com a Rússia para compra direta de diesel estão "bastante avançadas". A ideia é afastar o risco de desabastecimento, já alertado pela Petrobras.
"Agora, estamos bastante avançados na questão do fornecimento de diesel para o Brasil. O preço mais barato. Quantos por cento? Não sei. Quanto mais barato, melhor", afirmou Bolsonaro, sem dar mais detalhes sobre o acordo, a jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília.
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A Petrobras alertou, em maio, para a possibilidade de faltar diesel já no segundo semestre do ano .
Na última segunda (11), o presidente disse que o acordo estava "quase certo" . "Em 60 dias já pode começar a chegar aqui, já existe esta possibilidade", disse na ocasião.
De acordo com o presidente, quase um terço do diesel consumido no Brasil é importado, e por isso é preciso comprar de quem vende mais barato, mas especialistas criticam a escolha , já que a Rússia vem sofrendo sanções internacionais devido à invasão da Ucrânia.
Bolsonaro conversou na manhã desta segunda (18) com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky . Em uma publicação no Twitter, Zelensky afirmou que defendeu a Bolsonaro a necessidade de aplicar sanções contra a Rússia.
"Informei sobre a situação no front. Discutimos a importância de retomarmos a exportação de grãos da Ucrânia para impedir uma crise global de comida provocada pela Rússia. Eu apelei para todos os parceiros apoiarem as sanções contra o agressor", escreveu Zelensky.
Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o telefonema.