Com a queda no preço do petróleo de mais de 7% na quarta-feira (13), o preço do diesel no Brasil voltou a ter defasagem em relação ao praticado no mercado internacional, segundo dados da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom).
O litro do diesel está 2% mais barato por aqui. No dia anterior, ele estava 3% mais barato. A paridade de preços é importante porque a Petrobras não consegue fabricar todo o diesel consumido no país.
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Como é necessário importar o combustível, se a defasagem for grande e prolongada, os importadores são desestimulados a comprá-lo no exterior, já que o brasileiro pode encontrá-lo mais barato por aqui.
O barril do Brent, referência no mercado internacional, fechou abaixo de US$ 100 ontem. Nesta quarta-feira, a commodity continua em queda, refletindo os riscos de recessão nos EUA e desaceleração em outras economias avançadas. Isso deve ampliar a defasagem em relação aos preços de combustíveis no Brasil.
Por volta de 9h30, o Brent era cotado a US$ 98,48, queda de 1,02%. Já o WTI, referência no mercado americano, era negociado a R$ 94,54, recuo de 1,36%.
Embora o diesel esteja mais barato no Brasil que no exterior, a gasolina está 3% mais cara, segundo a Abicom. A Petrobras reajustou diesel e gasolina pela última vez em 18 de junho.
Além do preço do petróleo, a disparidade de preços em relação ao exterior também é influenciada pelo dólar, já que as cotações lá fora são dolarizadas. A moeda americana não para de subir e hoje está negociada a R$ 5,46.