Os agentes do mercado diminuíram suas projeções de inflação para este ano pela segunda semana seguida, de 7,96% para 7,67%. Já para o ano que vem, a expectativa chegou a 5,09%, a 14ª semana consecutiva de altas, de acordo com o relatório Focus, publicação do Banco Central (BC) que reúne as projeções de bancos e corretoras.
As projeções são impactadas por medidas recentes do governo, como a desoneração dos combustíveis , que diminui a inflação para este ano, e pela possível aprovação da PEC Eleitoral, que pode elevar os preços no futuro.
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O BC já admitiu que a meta de inflação este ano, de 3,5% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, não será cumprida.
Para 2023, a chance de estouro da meta apontada pelo BC é de 29%. No entanto, a projeção de mercado de 5,09% já é acima de 4,75% o teto da meta de 3,25% no próximo ano.
Para controlar essa inflação, o mercado projeta que a taxa básica de juros, a Selic, termine este ano em 13,75%. Atualmente, está em 13,25% ao ano.
Para o ano que vem, a perspectiva é de redução para 10,5%, seguido de novas reduções para 8% em 2024.
PIB
O mercado aumentou sua projeção de alta no PIB em 2022 de 1,51% na semana passada para 1,59% no Focus divulgado nesta segunda-feira. É a segunda alta seguida.
Já para 2023, a projeção continua em 0,50%, o mesmo de três semanas atrás.
As projeções devem ser impactadas pela perspectiva de um cenário econômico global mais difícil para o próximo ano, com alta de juros e inflação em patamar elevado em grande parte dos países avançados.