Após o ímpeto inicial, a coleta de assinaturas da CPI da Petrobras defendida pelo presidente Jair esfriou e praticamente travou. De quarta (22) para esta quinta-feira (23), o requerimento foi de 119 para 134 apoiadores, ainda menos do que os 171 necessários para abrir a investigação.
Sem um pedido expresso dos líderes partidários, parlamentares não aderiram ao pedido. O líder do partido de Bolsonaro na Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), defende a CPI. Ele assina o pedido, protocolado nesta terça-feira, junto a outros deputados do PL.
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Mas, no PP e no União Brasil, outras bancadas de centro, a ideia não tem uma adesão tão grande. No grupo de WhatsApp do PP, por exemplo, não houve nem recomendação para que os deputados assinassem o requerimento.
A ideia não é defendida pela cúpula da Câmara por não gerar efeitos imediatos, por não haver tempo de fazer uma CPI antes do recesso em julho e pelo medo de a investigação ser capturada pela oposição.
A oposição, principalmente o PT, também não vê uma eventual CPI como oportuna neste momento. O líder do PT, Reginaldo Lopes (MG), disse que a iniciativa é uma "cortina de fumaça" do governo para se esquivar do problema do preço dos combustíveis, que pode gerar estragos eleitorais.
Além da falta de apoio, também houve um fator externo para esfriar o clima. Nesta quarta-feira (22), a Câmara ficou esvaziada devido às festas de São João, o que historicamente leva os deputados a retornar para as bases eleitorais, e a coleta de assinaturas arrefeceu.