Os servidores do Banco Central decidiram nesta terça-feira (21) permanecer em greve por tempo indeterminado por reajuste salarial e reestruturação de carreiras. Segundo o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), a categoria também aprovou o envio de uma contraproposta ao BC.
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A paralisação começou oficialmente no dia 1º de abril, mas acabou sendo suspensa por duas semanas, durante as negociações com o governo. Os trabalhadores voltaram a cruzar os braços no dia 3 de maio. Na próxima semana, uma nova assembleia está prevista para acontecer.
Na pauta, os servidores pedem que o Banco Central convença o governo a enviar uma medida provisória (MP) ao Congresso Nacional para a reestruturação de carreiras. Também exigem mais diálogo entre representantes do Banco Central e da categoria para discutir as perdas inflacionárias dos salários de analistas e técnicos da instituição. Entre outras coisas, reivindicam ainda compensação pelos dias parados.
No início deste mês, os servidores do BC já haviam apresentado uma contraproposta de reajuste salarial de 13,5%, ante 27% no pedido inicial.
Pouco tempo depois, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a descartar reajuste salarial para o funcionalismo público neste ano. Em contrapartida, o governo prometeu aumentar o vale-alimentação de seus funcionários. A ideia, no entanto, pode não sair do papel.
A paralisação dos servidores do Banco Central tem prejudicado a publicação de diversos relatórios e indicadores importantes para o mercado financeiro, como o Boletim Focus, que traz as projeções do mercado sobre inflação, taxa básica de juros (Selic) e Produto Interno Bruto (PIB).