José Mauro Coelho ficou apenas 67 dias à frente da Petrobras, ele foi indicado em 14 de abril, quando a gasolina tinha preço médio de R$ 7,21 o litro, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Na semana de 05/06/2022 a 11/06/2022, antes do último reajuste promovido pela Petrobras , a agência informa que o combustível atingiu média de R$ 7,24.
O preço médio do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) de 13 quilos, ou gás de cozinha, era de R$ 113,66, hoje bate R$ 112,64. O diesel era vendido a R$ 6,587 o litro, hoje custa R$ 6,886, segundo o último levantamento da ANP .
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O breve mandato de Coelho levou alguns especialistas do setor de petróleo e gás a afirmarem que foi a gestão mais curta no comando da estatal. Porém, na história da companhia, outros dois presidentes se destacaram pela brevidade em que estiveram no cargo.
Exceto o interino José Coutinho Barbosa, que assumiu a presidência da empresa em 1999 e durou apenas 16 dias, o presidente com passagem mais rápida pela estatal até a saída de José Mauro Ferreira Coelho foi Osvino Ferreira Alves, que ficou à frente da empresa por 66 dias. O marechal assumiu o cargo no dia 28 de janeiro de 1964 durante o governo João Goulart e saiu no dia 3 de abril, pouco depois do golpe militar.
No governo Bolsonaro, a presidência da Petrobras tem sido marcada pela rotatividade de dirigentes. Caio Paes de Andrade será o quarto no comando da estatal em quase quatro anos de mandato.
Na gestão Bolsonaro, o primeiro presidente foi Roberto Castello Branco, que deixou o cargo em fevereiro de 2021. Em seu lugar, entrou o general da reserva Silva e Luna, seguido por José Mauro Coelho. Agora assume Caio Paes de Andrade.
O pano de fundo de todas essas trocas é a política de preços dos combustíveis da Petrobras, que pode tirar votos do presidente em sua tentativa de reeleição.