A Petrobras disse em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que mantém seu compromisso com a prática de preços competitivos. Em meio a rumores de pressão do governo para evitar novos reajustes da gasolina e diesel,
a estatal disse que busca “equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”.
A intenção da estatal é reajustar os preços de diesel e gasolina entre 6% e 7% nas refinarias, de acordo com uma fonte do setor. Não há uma clareza ainda de quando esse aumento seria feito. A avaliação na empresa é de que há uma defasagem crescente entre os preços da Petrobras e os do mercado internacional.
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A companhia afirmou ainda que monitora continuamente os mercados, "o que compreende, dentre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de nossos preços relativamente às cotações internacionais".
O pedido do governo para manter os preços da gasolina e do diesel é visto com resistência pela atual diretoria executiva da estatal, ainda chefiada pelo presidente demissionário José Mauro Coelho. No entanto, parte do alto escalão da companhia chegou a considerar a proposta como "razoável".
A gasolina está há 96 dias sem aumento, enquanto o diesel está congelado há 33 dias. Segundo fontes na empresa e no governo, a avaliação do Planalto é que um aumento feito pela estatal neste momento poderia atrapalhar o processo de aprovação na Câmara dos Deputados do projeto de lei que limita o ICMS em 17%.
De acordo com dados da Abicom, que reúne as empresas importadoras, a defasagem nesta terça-feira (14) está em 16% para gasolina e diesel. Ou seja, a Petrobras vende a gasolina e o diesel mais barato do que compra no exterior em R$ 0,73 por litro e R$ 0,99 por litro, respectivamente.