Bolsonaro diz que 'de vez em quando' recebe pedido para demitir Guedes, mas que relação é de 'lealdade'
Edu Andrade/ME
Bolsonaro diz que 'de vez em quando' recebe pedido para demitir Guedes, mas que relação é de 'lealdade'

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (6), que "de vez em quando" recebe pedidos para demitir o ministro da Economia, Paulo Guedes, e outros ministros, mas afirmou preferir conversar com eles, dentro de uma relação de "lealdade".

"De vez em quando, alguns querem que eu troque ele, entre outros, para resolver certos assuntos. Eu prefiro conversar com eles. E dentro daquela lealdade mútua mudarmos alguma coisa", disse o presidente, em entrevista ao canal AgroMais.

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Bolsonaro disse ainda que espera que Guedes resolva, nos próximos dias, "a questão dos combustíveis". Ele não entrou em detalhes de qual seria essa solução, mas o governo cogita um subsídio para reduzir o preço do óleo diesel.

"O Paulo Guedes, espero que nos próximos dias resolva a questão dos combustíveis no tocante a impostos pelo Brasil. Ele já se demonstrou favorável a isso, tem trabalhado no tocante a isso. Espero que nos próximos dias, até esta semana mesmo, tenhamos uma boa notícia sobre preços dos combustíveis no Brasil."

Pressionado pela ala política do governo, a equipe de Guedes reservou até R$ 25 bilhões para bancar um subsídio ao diesel. De acordo com fontes do governo, é possível usar esse dinheiro tendo como fonte os dividendos da Petrobras pagos à União. A petroleira deve pagar neste ano pelo menos R$ 24,6 bilhões em dividendos ao Tesouro Nacional.

Bolsonaro também declarou que espera que não haja novo aumento de combustível até que seja efetivada a troca de comando na Petrobras. O governo indicou Caio Paes de Andrade para o posto, mas o nome dele ainda precisa ser confirmado pelo Conselho de Administração da empresa.

"A Petrobras, estamos tentando mudar. Mudou o ministro de Minas e Energia e quer mudar agora também toda a Petrobras. Mas há uma dificuldade, reunião de Conselho, uma burocracia enorme. Demora isso daí. Espero que até lá não haja um novo aumento de combustível."

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