Os servidores do Banco Central se reúnem em assembleia virtual nesta terça-feira (31), às 9 horas (de Brasília), para debater a continuidade da greve, que ocorre por tempo indeterminado. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal), Fábio Faiad, o indicativo é de manutenção do movimento, uma vez que não houve avanços na negociação com o governo sobre as pautas da categoria.
Os servidores do BC pedem 27% de reajuste, além de medidas de reestruturação de carreira. A greve foi iniciada no dia 1 de abril, com uma trégua entre 20 de abril e 2 de maio. A tendência é o governo optar pelo reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo.
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Estão suspensas as divulgações regulares do BC, como o Boletim Focus, os dados do fluxo cambial e as estatísticas de crédito e do setor externo.
A Nota Fiscal foi incluída como atividade essencial, pois a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que o governo tem de enviar, até o fim de maio, documento sobre o cumprimento das metas fiscais do primeiro quadrimestre. A edição de abril será divulgada nesta terça-feira, às 9h30.
Há também atrasos por conta da greve no BC na divulgação da taxa Ptax diária, o que deixa o mercado financeiro em constante atenção. Já o Pix e o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) estão em operação.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) no dia 12 de maio, o BC recuou de uma proposta de minuta de Medida Provisória enviada ao Ministério da Economia para reestruturar as carreiras dos servidores do órgão.
O texto previa um reajuste salarial de 22% para analistas e técnicos da autoridade monetária, com pagamento a partir de junho de 2022, enquanto o governo quer conceder um aumento linear de 5% para todas as categorias do funcionalismo federal.
Após a divulgação da minuta, o BC alegou haver "inconsistências" na proposta, que foi retirada do Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais do Governo Federal (Sidof).