O calendário leva em conta o número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço
Redação 1Bilhão Educação Financeira
O calendário leva em conta o número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço

Nesta quarta-feira (25) o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa a pagar a segunda parcela do 13º salário para aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios que fazem jus ao abono, o crédito será feito junto com o benefício do mês de maio. Os pagamentos começarão hoje para quem recebe até um salário mínimo, e no dia 1º de junho, para quem recebe mais que o piso nacional. Os créditos serão finalizados no dia 7 de junho.

O calendário leva em conta o número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço. Recebem primeiro os aposentados e pensionistas com benefício com dígito final 1. O dinheiro extra na conta pode ser a ajuda que faltava para pagar dívidas e contas atrasadas. Já para quem está com as contas em dia, a grana pode ser investida na poupança ou em fundo de renda fixa.

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É importante destacar que essa parcela do abono vem com descontos, como o de Imposto de Renda, se for o caso. No caso de aposentados com 64 anos ou menos, quem ganha mais que R$ 1.903,98 mensais sofre recolhimento de Imposto de Renda sobre o abono. Já os aposentados com 65 anos ou mais têm desconto de IR sobre o 13º salário se o valor for superior a R$ 3.807,93. Esse grupo tem direito a dupla isenção.

Para o economista e professor Gilberto Braga, o 13º chega em boa hora e provavelmente será usado para quitar dívidas ou equilibrar o orçamento. Em caso de sobra, orienta: invista.

"É importante lembrar que o 13º salário é um recurso para as festas de final de ano e férias, por exemplo. Quem puder, deve fazer uma reserva financeira e usar agora só o que for indispensável", orienta Braga.

Braga explica que a poupança, agora com a taxa Selic rende 0,5% ao ano, o que equivale a 6,17% ao ano, sendo inferior a inflação anualizada, que é superior a 12%.

"Ou seja, a caderneta está rendendo a metade da inflação. Investir é melhor do que deixar o 13º dormindo no banco, mas é preferível optar por uma renda fixa que renda pelo menos igual a Selic, que está em 12,75% ao ano. Há até CDBs e fundos de baixo risco que rendem um pouco mais, fazendo o 13º ter um ganho acima da inflação e aumentando o poder de compra do aposentado e pensionista", recomenda.

"Quem for usar esses recursos para consumo deve aproveitar o poder de barganha por estar com o dinheiro na mão. Quem paga à vista tem mais vantagens do que quem faz crediário ou parcelamento", diz Braga.

Mesmo que o 13º salário não seja uma boa quantia em dinheiro, pode ajudar de alguma forma, avalia Sérgio Dias, economista e consultor do Sebrae.

"A primeira coisa a fazer é se livrar de dívidas. Não carregue as dívidas para frente, pois elas só tendem a aumentar. Se não tem dívidas, pode pegar esse dinheiro e gastar no que te faz mais feliz. Pode ser um presente para os netos, um passeio, ou coisas que dão prazeres individuais. Mas não contraia dívidas! Elas vão crescer cada vez mais e não vai ter nem muito tempo, nem muito dinheiro para quitá-las", adverte Dias.

Quem tem direito

Recebem o 13º salário os beneficiários de aposentadorias, auxílio-doença, auxílio-acidente, auxílio-reclusão, pensão por morte e outros auxílios administrados pelo instituto. A exceção fica para quem tem o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), que é pago a idosos acima de 65 anos de baixa renda e pessoas com deficiência carentes e equivale a um salário mínimo (R$ 1.212), assim como titulares de Renda Mensal Vitalícia.

Normalmente, o pagamento do abono é feito nos meses de agosto/setembro e novembro/dezembro. Mas, nos últimos anos, o pagamento foi antecipado para o primeiro semestre.

Tome nota

1 - Priorize contas essenciais

Em primeiro lugar, o aposentado ou pensionista deve priorizar o pagamento das contas essenciais do dia a dia, como luz, água, gás, aluguel e condomínio.

2 - Se livre de juros altos

Quite as contas com juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial, por exemplo. Em seguida, as parcelas de empréstimos e financiamentos.

3 - Pague dívidas em atraso

Se tiver contas atrasadas ou parcelas de empréstimo a vencer, aproveite o dinheiro do 13º para quitar essas pendências.

4 - Limpe o seu nome

Caso esteja com o nome nos serviços de proteção ao crédito, use esse dinheiro para tentar negociar a dívida e limpar seu nome. Alguns credores dão desconto para pagamento à vista.

5 - Antecipe financiamentos

Para quem não tem contas atrasadas, mas está pagando um financiamento ou empréstimo, o dinheiro extra pode ser usado para antecipar o pagamento e diminuir os juros ou a quantidade de parcelas pendentes.

6 - Invista

Com a tendência de juros subindo o ideal é pegar esse dinheiro e aplicar em uma caderneta de poupança ou fazer um investimento de renda fixa, que tem os juros atrelados à taxa Selic, hoje em 12,75%.

7 - Reserva de emergência

Se após pagar e antecipar as contas sobrar alguma parte do 13º, uma opção é fazer uma reserva de emergência. Assim, é possível passar por imprevistos – sejam positivos ou negativos – sem se endividar.

8 - Poupança

Outra opção em caso de sobra desse abono é fazer uma caderneta de poupança para filhos ou netos. O rendimento pode até ser usado como uma reserva no futuro.

9 - Item pessoal

Depois quitar as dívidas e deixar as contas no azul, uma opção é usar o que sobrou do 13º salário para algum objetivo que estava "engavetado". Como a compra de algum item pessoal ou para casa, por exemplo.

10 - Reorganize as contas

Para ter maior controle sobre seu dinheiro, anote todos os seus gastos por 30 dias, incluindo despesas pequenas e supérfluas. Assim, saberá o que realmente é importante e o que pode ser cortado para economizar no dia a dia, orienta Braga.

Fontes: Gilberto Braga, economista e professor do Ibmec; Reinaldo Domingos, da Associação Brasileira de Executivos de Finanças (Abefin) e Sérgio Dias, economista e consultor do Sebrae.

Confira o calendário

Para quem ganha até um salário mínimo

Final de benefício x Data de pagamento

  • 1............................... 25 de maio
  • 2 .............................. 26 de maio
  • 3 .............................. 27 de maio
  • 4 .............................. 30 de maio
  • 5............................... 31 de maio
  • 6 .............................. 01 de junho
  • 7 .............................. 02 de junho
  • 8 .............................. 03 de junho
  • 9 .............................. 06 de junho
  • 0 .............................. 07 de junho

Para os que recebem acima do salário mínimo

Final de benefício x Data de pagamento

  • 1 e 6 .......................... 01 de junho
  • 2 e 7 .......................... 02 de junho
  • 3 e 8 .......................... 03 de junho
  • 4 e 9 .......................... 06 de junho
  • 5 e 0 .......................... 07 de junho

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