Mourão sobre Petrobras: 'Bolsonaro sabe as pressões que está sofrendo'
Vice-presidente da República comentou sobre a nova troca no comando da petroleira
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), comentou nesta terça-feira (24) sobre a nova troca no comando da Petrobras e disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) 'sabe as pressões que está sofrendo' em relação à estatal.
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"Isso aí é uma decisão tomada pelo presidente. Ele sabe as pressões que está sofrendo. Então, segue o baile aí. Vamos aguardar o que que o Caio pode fazer", disse o general em entrevista à imprensa.
Na noite da última segunda, o governo anunciou a saída de José Mauro Ferreira Coelho da presidência da empresa após 40 dias no cargo. O indicado para o posto foi o secretário do Ministério da Economia Caio Mário Paes de Andrade.
Esta foi a terceira troca no comando da Petrobras durante o atual governo. A demissão ocorre em meio às pressões sobre os preços dos combustíveis.
Mourão elogiou o indicado à presidência da petroleira, mas disse que ele enfrentará "uma situação que não é fácil" para resolver.
"O que eu vejo no Caio é que ele é um cara competente, mas vai pegar uma situação que não está fácil. Temos o problema do preço do petróleo ligado à situação internacional, essa flutuação por causa do conflito da Ucrânia e da saída da Rússia do mercado, os nossos problemas internos relacionados a não termos capacidade de refino para tudo aquilo que produzimos, por transportarmos nosso combustível em caminhões, falta adutora aqui porque poderia baratear... Não é tão simples esse problema", afirmou.
Questionado se as consecutivas trocas na Petrobras podem ser caracterizadas como uma "intervenção" do governo, Hamilton Mourão disse que isso está "dentro das atribuições do presidente".
"Ele tem prerrogativa de nomear o presidente da Petrobras. Óbvio que tem de passar lá pelo conselho de acionista, vai ter uma reunião do conselho e da administração. Então, não é de hoje pra amanhã que isso vai acontecer, vai levar, na minha visão, 30 ou 40 dias pra isso acontecer", rebateu.