Guedes minimiza troca na Petrobras: 'O conselho define os preços'

Palácio do Planalto trocou comando da estatal pela terceira vez para frear alta no preço dos combustíveis

Guedes vê turbulência do mercado com troca da Petrobras como precipitada
Foto: Washington Costa/ASCOM ME
Guedes vê turbulência do mercado com troca da Petrobras como precipitada

O ministro da Economia, Paulo Guedes, minimizou a troca na presidência da Petrobras e afirmou que a política de preços dos combustíveis é definida pelo conselho da estatal. A declaração foi dada nesta terça-feira (24) aos jornalistas no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Na segunda-feira (23), o governo federal anunciou a demissão de José Mauro Coelho do comando da estatal após 40 dias no cargo. Para o lugar de Coelho, o governo escolheu Caio Paes de Andrade, aliado de Guedes e do ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida e membro dos conselhos de administração da PPSA (Pré-Sal Petróleo) e da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Essa é a terceira troca na presidência da empresa durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

A mudança acontece em meio à pressão contra o Palácio do Planalto pela alta no preço dos combustíveis e o medo de que os reajustes impactem na campanha de Bolsonaro. Especialistas acreditam que a troca não deve surtir o efeito esperado pela ala governista e novos reajustes são esperados pela próxima semana.

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Ao ser questionado sobre a mudança na estatal, Guedes optou por não comentar o nome de Paes de Andrade para o comando da estatal. No entanto, o ministro ressaltou que a política de preços dos combustíveis é uma decisão do conselho de administração da empresa.

"O presidente escolhe o ministro. O ministro escolhe o presidente da Petrobras, e o conselho [confirma]. O conselho escolhe o CEO e a diretoria. E eles definem a política de preços", afirmou o ministro.

Guedes ainda disse que a reação do mercado após a demissão foi “certamente” precipitada. As ações da estatal apresentam queda de 4% no Ibovespa, enquanto na Bolsa de Nova York a queda se aproxima dos 5%.