Nova troca na Petrobras é 'eleitoreira' e 'desesperada', diz FUP
Coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar, classificou mudança como "mais um ataque de Bolsonaro à maior empresa do país"
A nova troca no comando da Petrobras, anunciada na noite desta segunda-feira (24), tem caráter 'eleitoreiro' e é um movimento 'desesperado' do presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.
Após 40 dias à frente da estatal, José Mauro Ferreira Coelho foi o terceiro presidente exonerado do cargo durante o atual governo. Assumiu o posto o secretário do Ministério da Economia Caio Mário Paes de Andrade.
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"O comando da Petrobras mudou de novo. Esse é mais um ataque de Bolsonaro à maior empresa do país. Mais um movimento eleitoreiro e desesperado do presidente para tentar se distanciar do preço dos combustíveis", disse Bacelar pelo Twitter.
"Como se ele não tivesse responsabilidade pela política de preço dos combustíveis, pela inflação galopante que penaliza o trabalhador brasileiro e o crescimento do Brasil", continuou. Para o petroleiro, Bolsonaro 'não muda ou abandona a atual política de preços da Petrobras, o PPI (Preço de Paridade Internacional), porque não quer'.
"O foco da gestão da Petrobras, nesse governo, é geração de caixa, resultante da venda dos combustíveis a valores de PPI, altos lucros e dividendos para acionistas, numa política de transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos, um verdadeiro Robin Hood às avessas", declarou ainda.
Na avaliação do coordenador-geral da FUP, o trabalhador brasileiro estaria na 'ponta mais frágil dessa equação', há três anos sem reajuste real do salário mínimo e "sendo vítima do empobrecimento acelerado".