O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou nesta segunda-feira (16) que as reformas aprovadas pelo Congresso Nacional devem ser mantidas independentemente do vencedor das eleições deste ano. Alguns candidatos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) mencionaram a hipótese de revogar as reformas trabalhista e tributária, essa última ainda segue parada no Senado.
"O Senado Federal tem agora sob julgamento popular um terço de sua composição. Dois terços permanecem, salvo aqueles que vão disputar as eleições de governos de Estado ou outras eleições. Então, nós devemos manter um Senado Federal dentro do que é a composição hoje, dentro do que é a dinâmica atual do Senado Federal", disse Pacheco, durante participação no programa Roda Viva.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o perfil geral do Portal iG.
"Acho, particularmente, numa reflexão que faço assim muito branda e sem saber ainda do que vai ser o resultado eleitoral dessas eleições para o Senado Federal, que essas medidas de retrocesso, depois de nós termos aprovado no Brasil um teto de gastos, que é expressão pura de responsabilidade fiscal, que deve ser obedecido e respeitado, uma reforma trabalhista, que é uma reforma trabalhista também que mudou a relação e a liberdade entre empregador e empregado justamente para se gerar mais posições de emprego, uma reforma da Previdência, um marco legal do saneamento, autonomia do Banco Central, a lei da cabotagem, a lei das ferrovias, uma nova lei de sistema cambial, uma série de marcos legislativos que nós fizemos par proporcionar no Brasil estabilidade, previsibilidade e segurança jurídica, acho muito difícil que o Congresso e o Senado Federal particularmente concordem em ter retrocessos nessas medidas", completou.
Pacheco, no entanto, diz estar aberto para aperfeiçoar essas legislações.
"Mas revogar esse trabalho de, vamos admitir, oito anos para cá, que foi um trabalho de evolução legislativa, eu considero muito difícil de o Senado assimilar e concordar com isso. Mas repito, é uma casa madura capaz de dialogar com o próximo presidente, seja quem for dentro do propósito de boas contribuições para o país", finalizou.