Redução do IPI do vergalhão de aço não afeta inflação, diz setor
Redação 1Bilhão
Redução do IPI do vergalhão de aço não afeta inflação, diz setor

Em reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o setor de produção de aço defendeu que uma possível redução do imposto de importação do vergalhão de aço não teria efeito no combate à inflação.

De acordo com o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, a redução prevista pelo governo seria só para o vergalhão de aço, que teria seu imposto de importação modificado de 10,8% para 4% de julho até o fim do ano.

Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia 

Segundo Mello Lopes, Guedes relatou que vinha recebendo “pressão intensa” de construtores ligados ao programa Casa Verde e Amarela para uma redução dos preços. O presidente do Aço Brasil afirmou que as informações levadas por esses construtores ao ministro “não procedem”.

"O impacto inflacionário do aço na inflação é baixíssimo, a lógica é que o setor não seja penalizado em função de pressões que um determinado segmento, que seja premiado desse tipo de redução de imposto de importação,está fazendo", disse Mello Lopes.

Marcos Faraco, presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil e vice-presidente da Gerdau Aços Brasil, Argentina e Uruguai, também participou da reunião e relatou que disse ao ministro que o mercado está plenamente abastecido e que o país tem o vergalhão mais barato do mundo em dólar.

"Não faz nenhum sentido essa discussão que está sendo trazida da redução da alíquota de importação. Ela é inócua, não atende ao interesse da economia, não atende ao interesse do setor, atende simplesmente interesses específicos de um setor importador", defendeu.

Segundo Faraco, os representantes do setor apresentaram estudos ao ministro que mostrariam o pequeno impacto da inflação do vergalhão nos preços da construção de modo geral. Ele relatou que Guedes pediu a equipe do ministério para reavaliar as discussões com base nas informações apresentadas pelo Aço Brasil.

"Nossa expectativa é que o governo olhe nossos argumentos. A gente acredita sim que o governo entende, tem bom senso e a nossa expectativa é que reverta essa orientação que ontem foi de alguma forma comunicada", disse.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!