Piso nacional da enfermagem, aprovado na Câmara dos Deputados na quarta-feira, terá impacto de R$ 24,8 milhões para a União, R$ 1,56 bilhão para os 26 estados e o Distrito Federal e de R$ 4,11 bilhões para os municípios.
Os cálculos foram apresentados em relatório desenvolvido pela Câmara dos Deputados em fevereiro de 2022. O impacto total chega a R$ 16,31 bilhões, incluindo também empresas públicas e privadas e entidades sem fins lucrativos.
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“É uma vitória história o reconhecimento salarial. É um forte clamor da sociedade, de todo o Congresso Nacional e dos trabalhadores da categoria pra tornar realidade desse direito fundamental”, comemora o senador Fabiano Contarato (PT-ES), que batalhou pelo piso no Senado.
Outro a comemorar foi o primeiro tesoureiro do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Gilney Guerra, que também foi presidente de conselho regional.
"Hoje, conseguimos um grande passo para que essa valorização efetiva (aos profissionias da enfermagem). Demos dois grandes passos e agora o terceiro, que é a sanção do presidente. Que vire lei e que a enfermagem consiga ter um piso salarial digno, que tenham dignidade de verdade e consigam prestar serviços com mais qualidade", afirma.
O novo mínimo, segundo ele, não é adotado na maioria das unidades da federação, salvo exceções como o Distrito Federal. Ele lamenta ainda que não tenha sido o valor inicial, apresentado no projeto de lei de Contarato, em pouco mais de R$ 7 mil para enfermeiros. No entanto, a avaliação do Cofen é que os valores atuais consigam atender mais de 80% da categoria, que hoje recebe abaixo dos números aprovados.