Os 600 trabalhadores da unidade de Jacareí, interior de São Paulo, da Caoa Chery iniciaram uma campanha contra a paralisação da unidade e, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, fechamento definitivo da fábrica.
A montadora informa que a paralisação da produção será necessária para que planta seja remodelada para a produção de veículos elétricos e híbridos. O sindicato estima 485 demissões do total de funcionários.
Em assembléia, os funcionários da Caoa Chery aprovaram a proposta de abertura de layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) a partir de junho. Também foi aprovada uma campanha política cobrando do poder público medidas que evitem o fechamento da fábrica e preservem os postos de trabalho.
Em nota, a montadora informou que a fábrica do Vale do Paraíba passará por uma modernização para a produção de carros elétricos, que começaria apenas em 2025.
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"A Caoa Chery foi amplamente privilegiada com benefícios fiscais e não pode simplesmente demitir os trabalhadores e fechar a fábrica na cidade. Vamos fazer uma grande campanha em defesa dos empregos na Caoa Chery", afirmou o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.
Em nota, a Caoa Chery informou que o objetivo é eletrificar seus modelos até 2023. Por isso, vai iniciar a remodelação da sua unidade fabril em Jacareí. Segundo a Caoa Chery, a unidade "passará por mudanças para adequação dos processos produtivos que permitirão a introdução de novos produtos concebidos a partir de plataformas de última geração".
"Esta ação faz parte da transição tecnológica da Caoa Chery que visa aumentar sua competitividade no âmbito nacional e internacional – seguindo um dos maiores movimentos tecnológicos da indústria automotiva mundial com forte foco no mercado brasileiro", informou a nota, onde não constam informações de que a unidade será fechada definitivamente.