Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), divulgado nesta quinta-feira (5), demonstrou o maior salto inflacionário dos últimos 20 anos ara produtos e serviços procurados no Dia das Mães. A pesquisa considerou 31 opções do Índice de Preços ao Consumidor - Mercado (IPC-M). Em 2003, o reajuste foi de 10,83%, já nos últimos 12 meses, o aumento médio foi de 9,07%, ligeiramente abaixo da inflação acumulada no período, de 10,37%.
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Para o setor de serviços, o pesquisador e economista do FGV IBRE Matheus Peçanha explica que no departamento de turismo, por exemplo, teve aumento na demanda para comemorar a data, já que este sofreu grandes perdas desde o início da pandemia, mas que o setor de alimentos, incluindo restaurantes, tem sido foco da inflação recente.
Já para a opção de presentes, a cesta de 22 bens duráveis e semiduráveis teve um crescimento médio de 4,25%. Os eletrodomésticos e o setor têxtil foram os mais afetados: cama, mesa e banho teve aumento de 11,04%, geladeira e freezer subiram 8,73%, máquina de lavar roupas, galopou 7,5%, micro-ondas cresceu 6,75% e roupas femininas 6,62%.
Na parte inferior da lista, os menores aumentos ficaram na conta da linha marrom e alguns bens semiduráveis: perfume (0,15%), computadores e periféricos (0,34%), celulares (0,65%), artigos de maquiagem (0,92%) e fogão (1,97%).
"Após um período difícil para o custo da indústria de bens duráveis [...] a matéria-prima alcançou um patamar de estabilidade, mas nem isso e nem os benefícios tarifários proporcionados pelo governo parecem surtir efeito para segurar a ainda persistente (apesar de mais fraca) volatilidade nos preços ao consumidor final", destacou o economista do FGV IBRE.